Mário Macilau é um artista multidisciplinar e ativista, mais conhecido pelo seu trabalho como fotógrafo e é considerado um dos principais nomes entre a nova geração de artistas moçambicanos. Nasceu em 1984, em Maputo, tendo, tal como muitas outras crianças, crescido a trabalhar arduamente para ajudar a sustentar a sua família, naquelas que eram as difíceis condições de vida em Moçambique. Atualmente, vive e trabalha entre Maputo, Lisboa e Cidade do Cabo, e tem viajado muito a trabalho e já trabalhou na Columbia Britânica, no Canadá, bem como em Barcelona, Madrid, Miami, Nova Iorque, São Paulo, Rio
de Janeiro, Joanesburgo, Cidade do Cabo, Lagos, Nairobi, La Paz e na Baía durante muitos anos. Ao longo dos anos, Mário Macilau tem desenvolvido um estilo artístico que evoca emoção através da forma singular como escolhe os sujeitos que escolhe e a sua capacidade para se conectar com eles.
Em 2003, Macilau iniciou a sua atividade fotográfica, passando o início de carreira e aprender e a desenvolver as suas técnicas. Em 2007, lançou-se como fotógrafo profissional, trocando o telemóvel da sua mãe, sem o conhecimento desta, por uma excelente Nikon FM2. A sua fotografia destaca a identidade, questões políticas e condições ambientais, trabalhando, por vezes, com grupos socialmente isolados, para que o seu público tome consciência não apenas das muitas injustiças e desigualdades sociais no mundo, mas também para mostrar histórias de humanidade, irmandade, vitória, amor e esperança. Com frequência, o retrato é o seu ponto de partida, sendo a sua abordagem instrumental para a revelação de uma perspetiva mais ampla.
PRÉMIOS: 2010 Concurso de Jovens Fotógrafos do ACP; 2011 Prémio da Fundação EVTZ, Alemanha; 2011 Prémio Santa Lucia, Espanha; 2011 Prémio AECID para criação; 2011 Prémio de Talento, Embaixada Francesa, Maputo; 2012 Visa Pour La Creation do Instituto Francês; 2012 Primeiro prémio do Projeto de Proteção em Washington D.C., EUA; o fotógrafo foi convidado a participar num programa de direitos
humanos em conjunto com o Gabinete das Nações Unidas, a World Press Photo e a Universal Rights Group (2016). Macilau foi ainda eleito pela revista Foreign Policy como um dos “100 Leading Global Thinkers”, numa cerimónia em Washington D.C. (2015), Lens Cultures, em 2017, e o premio francês Denis Diderot, 2019.